Estou há um tempo sem escrever aqui. Às vezes fico pensando no que escrever. No post passado eu havia dito que iria postar algumas fotos do nosso passeio ao Centro histórico do Rio, mas acabou sendo adiado e fiquei sem assunto. Como estamos na Semana Santa, sendo que hoje é a Quinta-feira de Lava-pés e aproveitando que hoje eu estou em clima de poesias (mas isso não quer dizer que eu vá escrever uma poesia hoje...), resolvi escrever sobre esse acontecimento que antecede à Páscoa da Ressurreição.
A Semana Santa para mim sempre foi o período que eu mais gostei, depois do Natal. Sinto uma atmosfera diferente, a Igreja mais unida, os católicos fazendo penitência e jejum... Para mim é um momento mágico, onde você põe em reflexão toda a sua vida e procura manter um espírito de oração e penitência. Quando eu era criança, sentia a mesma coisa. Eu fazia parte da Renovação Carismática, como morava na Tijuca, frequentava a igreja Santo Afonso. Lá costumava ter uma cerimônia bem bonita de Semana Santa. As músicas eram muito bonitas (hoje em dia eu sentiria falta do latim e do gregoriano). Íamos para a missa de Lava-pés na quinta-feira, e quando retornávamos para a casa, entrávamos mais ainda naquela atmosfera de jejum e oração. Assistíamos "Jesus de Nazaré", a crucificação e um vídeo sobre o Santo Sudário. Depois fazíamos silêncio e ficávamos assim (nem ligávamos a televisão) até o Sábado de Aleluia, depois da missa, que terminava 1h da manhã. Era muito mágico para mim. Era muito bom ver a família toda reunida antes e depois da missa, e no dia seguinte, todos reunidos novamente para o Domingo de Páscoa! Pais, tia, irmãs, cunhados e amigos. Todos juntos em grande sintonia.
O tempo passou. Tudo o que aprendi com a minha família, pretendo ensinar e fazer com meus filhos, com minha nova família. Acabamos de voltar da cerimônia de Lava-pés. Senti o mesmo que sentia há 14 anos atrás, quando Nosso Senhor é retirado do Altar para ficar ao lado da igreja. A igreja vazia. Os santos cobertos com um pano roxo. Tenho uma sensação de vazio, abandono e solidão. Isso nos faz recordar o sofrimento de Jesus, a solidão que Ele sentiu no Horto das Oliveiras, o abandono que sentiu, e todos os maus tratos que teve que enfrentar por nossos pecados. E nós, ingratos que somos, rechaçamos e cuspimos em Sua Própria Face quando não se importamos ou não reconhecemos o Sacrifício que Ele fez por nós. O mínimo que podemos fazer é jejuar quando a Igreja pede e fazer penitências. E oração, é claro.
Por isso que hoje escrevo, para me ajudar a meditar na Paixão de Nosso Senhor, que já se inicia hoje à meia-noite.
Desejo a todos uma Semana Santa repleta de Amor. Não de um simples amor, mas de Amor, Amor com maiúscula, Amor de um Deus que enviou seu próprio Filho para a salvação da humanidade.
Mudando tudo mais uma vez! Um blog que deverá ser sobre a casa, as viagens e passeios, o trabalho, filhos e o que vier.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Mais um site do Rio Antigo para acompanhar
Sei que todos já entenderam da minha paixão pelo Rio Antigo. Coleciono fotos, livros, sites, páginas no facebook. Uma delas é muito interessante e é uma das minhas preferidas. Chama-se: "O Rio de Janeiro que não Vivi". É uma página do Face que fiquei conhecendo há um ano mais ou menos, e lá eles colocam as fontes, a história completa dos lugares desaparecidos e de um Rio que infelizmente passou...
Esse flog chama-se "Um Rio que Passou". Descobri hoje e fiquei tão animada com a novidade que vou acompanhá-lo. http://www.rioquepassou.com.br/
Sobre o Site
Por isso estamos aqui, democratizando o que é guardado a sete chaves, tentando mostrar aos cariocas o que já foi a cidade, os erros e os acertos do passado, para que os erros não sejam repetidos e os acertos praticado
Este texto acima foi retirado do site. Dêem uma olhada. Eu ainda não passeei por ele porque vem aqui correndo postar a nova novidade.
Eu e meu marido lindo devemos tirar o sábado para passear pelo Rio Antigo. A próxima postagem ainda irei falar sobre esse tema - que é a minha paixão - e irei colocar as fotos do nosso passeio. ;)
E para encerrar, vou postar aqui um vídeo de uma música chamada Rio Antigo (Como nos Velhos Tempos), executada pela cantora popular Alcione. Fiquei conhecendo a música ainda nessa semana e me apaixonei!
É um samba de autoria do Chico Anysio.
Aproveitem e até a próxima postagem! ;)
Esse flog chama-se "Um Rio que Passou". Descobri hoje e fiquei tão animada com a novidade que vou acompanhá-lo. http://www.rioquepassou.com.br/
Sobre o Site
Este é um site movido pela paixão a Mui Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
É certo que, a cidade vive uma de suas fases negras, decadência urbana, maus governantes, políticas públicas que não pensam no futuro, comportamentos sociais equivocados, gente demais para estrutura de menos, imprensa perdida, etc…
Por isso que, movido por esta paixão, desde 2003 venho participando de um tímido, mas que vem se tornando visível, movimento feito por pessoas comuns, longe dos oráculos acadêmicos e de suas instituições governamentais que vem constituindo um pequeno feudo sobre nossa história, já há séculos.
Não tenho o topete de ser historiador, mas isso dá liberdade às opiniões, politicamente livres, das quais me reservo o direito de publicá-las, pois esse é um espaço democrático para debates civilizados, mas ao mesmo tempo particular, no qual os amigos são bem vindos.
Nosso material é publicado na maioria das vezes em baixa resolução, ou em má qualidade digital, a fim de resguardar direitos autorais, embora entendemos que, fotos pertencentes a acervos públicos, publicadas em veículos públicos, produzidas por profissionais pagos pelo erário, são do povo e devem ter seu acesso indiscriminado a todos que por elas se interessem, e da melhor qualidade possível. Possuímos para tanto a opção de alta resolução das imagens, que sempre que possível será ativada ao clicar sobre a imagem
Não estamos mais em um fotolog, este é um site privado, alocado em um servidor privado e com o domínio próprio e todo o arquivo, antes alocado no fotolog.com já está contido no site, e pode ser obtido de duas maneiras: Usando a opção “arquivos” onde será feita uma busca mês a Mes de todos os posts desde Novembro de 2003 ou então digitando uma palavra chave no campo própio no lado direito do site.
Nosso limite temporal é o ano de 1982, ano que entendemos que a barbárie e falta de compromisso com a cidade em si e seus contribuintes foram instituídas como plano e forma de governo, instalando-se desde daí num pernicioso ciclo de decadência, a qual espera por um novo governante que rompa com este danoso e alienígena conceito do politicamente correto e de um deformado populismo. E passe a governar para o Rio de Janeiro e não para seus votos, obtidos cada vez mais de um eleitorado iludido e alienado.
Enquanto isso não acontece a cidade agoniza, com alguns espasmos de administração, enquanto é engolida por um grave carcinoma urbanístico e social.
Este texto acima foi retirado do site. Dêem uma olhada. Eu ainda não passeei por ele porque vem aqui correndo postar a nova novidade.
Eu e meu marido lindo devemos tirar o sábado para passear pelo Rio Antigo. A próxima postagem ainda irei falar sobre esse tema - que é a minha paixão - e irei colocar as fotos do nosso passeio. ;)
E para encerrar, vou postar aqui um vídeo de uma música chamada Rio Antigo (Como nos Velhos Tempos), executada pela cantora popular Alcione. Fiquei conhecendo a música ainda nessa semana e me apaixonei!
É um samba de autoria do Chico Anysio.
Aproveitem e até a próxima postagem! ;)
domingo, 6 de abril de 2014
Nas aulas de história, nasce o interesse pelo Rio Antigo! Uma resumo sobre a derrubada do Morro do Castelo e do Palácio Monroe
Desde criança sempre fui apaixonada pelo Rio Antigo e sempre sonhei em fazer história como profissão e não música, apesar de sempre gostar de tocar flauta doce, cantar e ouvir música. Mas quem me fez gostar muito de história foi o meu pai. Nas aulas que ele me dava sobre história, na época do colégio, eu imaginava tudo o que ele me dizia: as ruas estreitas, os casebres antigos, o Brasil colonial, o Dia do Fico, a Independência do Brasil, as revoluções, Guerra do Paraguai, Proclamação da República, Ladeira da Misericórdia, Morro do Castelo...
Eu imaginava tudo.
A aula de história era uma longa conversa agradável sobre o passado, e não uma aulinha chata e sem graça sobre decorar nomes e datas.
Um belo dia resolvemos pegar o metrô e ir até o Largo da Carioca...
Para quê?
A ideia de papai era me levar ao Centro para fazer um passeio pelos lugares antigos da cidade, que haviam sobrevivido ao desvario dos tempos e dos homens. E assim mostrar a sua filha os lugares que ela não conhecia.
Nesse dia fomos ao Convento de Santo Antônio, andamos pela Rua do Ouvidor, demos uma passadinha na Confeitaria Colombo, Escola de Música da UFRJ e depois um passeio de bonde, saindo da velha Estação do Bonde do Largo da Carioca (que hoje não funciona mais), passeando sobre o Aqueduto da Carioca (os Arcos da Lapa) até Santa Teresa!!
Deu para resumir um pouco do que foram as minhas aulas de história dadas pelo meu pai. Dá para entender de onde veio essa minha paixão pelo Centro do Rio e o Rio Antigo.
Como sinto saudades dessas aulas...
Falando objetivamente, o Centro foi massacrado pela onda modernista da década de 60 e até mesmo de décadas anteriores. Na década de 20 mesmo, acontece o surto de derrubar o Morro do Castelo!!! Ele foi derrubado no início do século 20 e dele resta hoje apenas uma solitária ladeira, a famosa Ladeira da Misericórdia.
Quem passeia agora pela área calorenta onde existia o morro - delimitadas pelas ruas Marechal Câmara, Presidente Antônio Carlos... - vai se espantar com o argumento usado para a demolição: melhorar a circulação de ar.
Diz a lenda que um dos argumentos que também foram utilizados para a derrubada foi de que havia ouro embaixo do morro...
A terra retirada do morro foi usada em aterros que afastaram o mar do Centro. A área plana que restou do desmonte virou o bairro Castelo.
Um outro surto que me deixou muito furiosa, foi a demolição do Palácio Monroe.
O Palácio Monroe foi demolido por ordem do presidente Geisel em 1975. Ele ficava na Praça Mahatma Gandhi. Foi construído no início do século XX. Ele era a réplica do Pavilhão Brasileiro na exposição de 1904 em Saint Louis, nos Estados Unidos e erguido no Rio dois anos depois.
Fiquei sabendo da existência desse palácio há pouco tempo. Descobri que ele havia existido na Cinelândia por causa da página do Facebook:"O Rio de Janeiro que não vivi". Fiquei impressionada com o argumento usado na época para a demolição: abrir a paisagem e a desculpa do metrô da Cinelândia.
Conta a lenda que a derrubada teria sido necessária para dar passagem ao metrô. Não é verdade!
O palácio fora respeitado pelos trilhos, que fizeram uma curva entre a Cinelândia e a Glória só para preservá-lo. Conta-se que foia curva mais cara da cidade!!!
Aí vão algumas fotos do palácio e a notícia do jornal da época:
Palácio Monroe sendo construído em 1906.
O Palácio no Início do Século XX com o Obelisco da Cinelândia.
Enfim, deu para conhecer um pouquinho do surto do progresso que tomou conta do Rio de Janeiro. Perdemos muitos tesouros. Com o Corredor Cultural dos anos 80, houve uma conscientização de que não se sobrevive botando tudo abaixo. Preserva-se, tomba-se e protege-se às vezes até com radicalismo.
Pelo menos a cidade tornou-se mais consciente e quando se faz um passeio pela cidade do Rio de Janeiro, podemos ver claramente o antigo se misturando com o novo, o moderno.
Resolvi escrever este texto para mostrar a paixão que sempre tive pelo Rio Antigo, e a vontade que tenho de conhecer certos lugares que ainda não tive a oportunidade de visitar. Por isso estou lendo bastante sobre o assunto, pesquisando fotos e fontes, para não só conhecer minha cidade, mas para mostrar a cidade para amigos que vem de fora, assim como meu pai fez comigo na infância, e que hoje guardo boas lembranças.
Se não fossem as maravilhosas aulas do papai no primário, eu não sei se hoje estaria lendo e estudando sobre a história do meu Rio. :)
Eu imaginava tudo.
A aula de história era uma longa conversa agradável sobre o passado, e não uma aulinha chata e sem graça sobre decorar nomes e datas.
Um belo dia resolvemos pegar o metrô e ir até o Largo da Carioca...
Para quê?
A ideia de papai era me levar ao Centro para fazer um passeio pelos lugares antigos da cidade, que haviam sobrevivido ao desvario dos tempos e dos homens. E assim mostrar a sua filha os lugares que ela não conhecia.
Nesse dia fomos ao Convento de Santo Antônio, andamos pela Rua do Ouvidor, demos uma passadinha na Confeitaria Colombo, Escola de Música da UFRJ e depois um passeio de bonde, saindo da velha Estação do Bonde do Largo da Carioca (que hoje não funciona mais), passeando sobre o Aqueduto da Carioca (os Arcos da Lapa) até Santa Teresa!!
Deu para resumir um pouco do que foram as minhas aulas de história dadas pelo meu pai. Dá para entender de onde veio essa minha paixão pelo Centro do Rio e o Rio Antigo.
Como sinto saudades dessas aulas...
Falando objetivamente, o Centro foi massacrado pela onda modernista da década de 60 e até mesmo de décadas anteriores. Na década de 20 mesmo, acontece o surto de derrubar o Morro do Castelo!!! Ele foi derrubado no início do século 20 e dele resta hoje apenas uma solitária ladeira, a famosa Ladeira da Misericórdia.
Quem passeia agora pela área calorenta onde existia o morro - delimitadas pelas ruas Marechal Câmara, Presidente Antônio Carlos... - vai se espantar com o argumento usado para a demolição: melhorar a circulação de ar.
Diz a lenda que um dos argumentos que também foram utilizados para a derrubada foi de que havia ouro embaixo do morro...
A terra retirada do morro foi usada em aterros que afastaram o mar do Centro. A área plana que restou do desmonte virou o bairro Castelo.
Um outro surto que me deixou muito furiosa, foi a demolição do Palácio Monroe.
O Palácio Monroe foi demolido por ordem do presidente Geisel em 1975. Ele ficava na Praça Mahatma Gandhi. Foi construído no início do século XX. Ele era a réplica do Pavilhão Brasileiro na exposição de 1904 em Saint Louis, nos Estados Unidos e erguido no Rio dois anos depois.
Fiquei sabendo da existência desse palácio há pouco tempo. Descobri que ele havia existido na Cinelândia por causa da página do Facebook:"O Rio de Janeiro que não vivi". Fiquei impressionada com o argumento usado na época para a demolição: abrir a paisagem e a desculpa do metrô da Cinelândia.
Conta a lenda que a derrubada teria sido necessária para dar passagem ao metrô. Não é verdade!
O palácio fora respeitado pelos trilhos, que fizeram uma curva entre a Cinelândia e a Glória só para preservá-lo. Conta-se que foia curva mais cara da cidade!!!
Aí vão algumas fotos do palácio e a notícia do jornal da época:
Palácio Monroe sendo construído em 1906.
O Palácio no Início do Século XX com o Obelisco da Cinelândia.
Os trilhos do metrô respeitando o palácio
Uma notícia de jornal da época...
Pelo menos a cidade tornou-se mais consciente e quando se faz um passeio pela cidade do Rio de Janeiro, podemos ver claramente o antigo se misturando com o novo, o moderno.
Resolvi escrever este texto para mostrar a paixão que sempre tive pelo Rio Antigo, e a vontade que tenho de conhecer certos lugares que ainda não tive a oportunidade de visitar. Por isso estou lendo bastante sobre o assunto, pesquisando fotos e fontes, para não só conhecer minha cidade, mas para mostrar a cidade para amigos que vem de fora, assim como meu pai fez comigo na infância, e que hoje guardo boas lembranças.
Se não fossem as maravilhosas aulas do papai no primário, eu não sei se hoje estaria lendo e estudando sobre a história do meu Rio. :)
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Coisas que eu gosto
Cantar, sobrados, músicas infantis, o Rio antigo, palácios, livros acompanhados de chocolate suíço, hagüen dress de chocolate belga, sorvetes italianos, sebos, tabacarias, livrarias, igrejas, dar aulas, canto gregoriano, incenso nas missas, brigadeiro, doce de leite, compras, cuidar da minha casa, Arco do Teles, chá colonial, café da manhã de hotel, pão quentinho com manteiga, torrada petrópolis, chocolate quente, capuccino, trilhas, contação de histórias, filmes de época, filmes clássicos, musicais da Disney, cafés, confeitarias, chá, cozinhar, sorriso de criança, casinhas, desenhar, escrever, jogar xadrez, assistir a casamentos, ler sobre nascimentos, andar de mãos dadas ao ar livre, acordar com um beijo, passear de moto pela cidade, viajar, chalés, Penedo, Visconde de Mauá, Petrópolis, fondue de queijo com vinho, comida italiana, comida japonesa, queijos e vinhos, cerveja artesanal, música clássica, música sacra, música brasileira, história, arte, fazendas, Minas Gerais, Santa Teresa, Morro da Conceição, bondes, caixinhas de música, animais, Theatro Municipal, Mosteiro de São Bento e de Santo Antônio, vitrais, abraço apertado, seu carinho.
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