quinta-feira, 17 de abril de 2014

Quinta-feira Santa

Estou há um tempo sem escrever aqui. Às vezes fico pensando no que escrever. No post passado eu havia dito que iria postar algumas fotos do nosso passeio ao Centro histórico do Rio, mas acabou sendo adiado e fiquei sem assunto. Como estamos na Semana Santa, sendo que hoje é a Quinta-feira de Lava-pés e aproveitando que hoje eu estou em clima de poesias (mas isso não quer dizer que eu vá escrever uma poesia hoje...), resolvi escrever sobre esse acontecimento que antecede à Páscoa da Ressurreição.

A Semana Santa para mim sempre foi o período que eu mais gostei, depois do Natal. Sinto uma atmosfera diferente, a Igreja mais unida, os católicos fazendo penitência e jejum... Para mim é um momento mágico, onde você põe em reflexão toda a sua vida e procura manter um espírito de oração e penitência. Quando eu era criança, sentia a mesma coisa. Eu fazia parte da Renovação Carismática, como morava na Tijuca, frequentava a igreja Santo Afonso. Lá costumava ter uma cerimônia bem bonita de Semana Santa. As músicas eram muito bonitas (hoje em dia eu sentiria falta do latim e do gregoriano). Íamos para a missa de Lava-pés na quinta-feira, e quando retornávamos para a casa, entrávamos mais ainda naquela atmosfera de jejum e oração. Assistíamos "Jesus de Nazaré", a crucificação e um vídeo sobre o Santo Sudário. Depois fazíamos silêncio e ficávamos assim (nem ligávamos a televisão) até o Sábado de Aleluia, depois da missa, que terminava 1h da manhã. Era muito mágico para mim. Era muito bom ver a família toda reunida antes e depois da missa, e no dia seguinte, todos reunidos novamente para o Domingo de Páscoa! Pais, tia, irmãs, cunhados e amigos. Todos juntos em grande sintonia.

O tempo passou. Tudo o que aprendi com a minha família, pretendo ensinar e fazer com meus filhos, com minha nova família. Acabamos de voltar da cerimônia de Lava-pés. Senti o mesmo que sentia há 14 anos atrás, quando Nosso Senhor é retirado do Altar para ficar ao lado da igreja. A igreja vazia. Os santos cobertos com um pano roxo. Tenho uma sensação de vazio, abandono e solidão. Isso nos faz recordar o sofrimento de Jesus, a solidão que Ele sentiu no Horto das Oliveiras, o abandono que sentiu, e todos os maus tratos que teve que enfrentar por nossos pecados. E nós, ingratos que somos, rechaçamos e cuspimos em Sua Própria Face quando não se importamos ou não reconhecemos o Sacrifício que Ele fez por nós. O mínimo que podemos fazer é jejuar quando a Igreja pede e fazer penitências. E oração, é claro.

Por isso que hoje escrevo, para me ajudar a meditar na Paixão de Nosso Senhor, que já se inicia hoje à meia-noite.

Desejo a todos uma Semana Santa repleta de Amor. Não de um simples amor, mas de Amor, Amor com maiúscula, Amor de um Deus que enviou seu próprio Filho para a salvação da humanidade.



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